quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Uma aventura de merda no avião!

Tudo se passa a bordo do avião de uma famosa empresa aérea no Brasil. Antes da hora H: Entrando e dando logo uma checada nas comissárias gostosas… se derem mole eu dou cantada mesmo, meu sonho de consumo é comer uma delicinha dessas… apesar que tem umas que são feias de doer as vistas, acho que é para variar, afinal tem gosto pra tudo na vida! Começo a procurar o assento, monte de gente sem noção no corredor, bando de desocupados bloqueando a passagem, sai cambada de tranca-rua! Ninguém conhece ninguém, cara de cu ao quadrado. Um comissário magrinho me fala: O senhor pode colocar as bagagens de mão nos compartimentos acima dos assentos! Bagagem de mão é o meu caralho! Meu mochilão vai onde eu quiser, foda-se! O tal compartimento para bagagem já tá lotado, dou um soco pro lado e um murro pro outro, vou empurrando as outras merdas de bagagens e tranqueiras para abrir espaço para a minha mochila "desoriginal" da Wilson que comprei no camelô. Vou me ajeitando no assento, lugarzinho apertado dos infernos... aquela fumacinha branca saindo no teto (Será que é calmante em forma de nebulização? Ou estão anunciando o novo papa?), barulhos esquisitos, sons de turbina, passa uma comissária com um sorriso mais falso que abraço de sogra, com uma cestinha oferecendo aquelas balas moles de chocolate, eu meti as duas mãos e enchi no meio das pernas, ela ficou visivelmente sem graça e falou que não tinha problema, daí eu falei: não tem não é? Então me dá mais!! E peguei mais um monte e joguei tudo no meio das pernas. Tenho que ter alguma compensação para pagar uma passagem tão cara, nem que seja em balas. A hora H: Senhores passageiros, meu nome é Caceta… sou a chefe de cabine (grandes merda!)…blá, blá, blá... Procedimentos de segurança... desligar a porra do celular… voltar a bosta do encosto para a posição vertical (Pra que porra? Já tava quase na vertical mesmo… essa merda não inclina direito e só tem duas posições que eu conheço: meio vertical e vertical pra caralho!). Meu joelho já ralando na traseira do encosto da frente, por acaso essa porra de avião é feita pra anão? – Continuam a falar sobre os tais procedimentos: Em caso de pouso na água...use o assento como flutuação… Ah tá! Sei… me engana que eu gosto! Vão jogar essa jamanta desse avião no mar e todo mundo vai virar surfista do nada! Depois falam toda a ladainha num ingrêis horrível… esse povo por acaso estudou com o Joel Santana? A voz de uma bicha enrustida é ouvida no intercom: Tripulação portas em automático! Se tá em automático, pra quê correr e mexer nas merdas das travas das portas? Ah tá, para colocar no automático, evitar que alguém fique surtado e tente abrir na marra! De novo a bicha enrustida fala: Tripulação, decolagem autorizada!(Aloka). É dada a largada… fudeu! O bicho sai doido na pista… Vai levantar vôo.... a vontade de bater um barro aparece do nada! Silêncio geral. Todo mundo segurando o peido! Minhas mãos grudadas nos apoios de braço do assento. É agora meu Jezuisinho! O coração batucando... vai sair pela boca esse maldito! Faço o sinal da cruz, do meu lado um gordo escroto fica despistando olhando pra cima, disfarça não sua banha, você tá quase se cagando também que eu sei. “Segura na mão de Deus…” sempre me lembro dessa cantoria da igreja nessas horas… A fé aparece nas horas mais terríveis na vida de um homem, principalmente no momento da mais pura frouxidão. O avião começa a trepidar todo, parece uma mula brava correndo e dando coice. Êita porra! E lá vamos nós! O bicho já tá todo empinado pra cima que nem pipa… Tô quase arrancando o encosto do banco com as costas... tem um viado no banco de trás me cutucando com o joelho… ahh féladaputa… Meu coração... caralho, tá a mil… enfarto começa assim mesmo? Um barulho estranho no avião… Brom, brom, brom... Essa bicha desse comandante sabe o que tá fazendo mesmo? Olho pela janela, caralho! O avião já tá no ar... lá fora a cidade vai encolhendo… Todo mundo com o furico travado, não passa uma agulha. Barulho parecendo mudando de marcha: Prumpt, trumpt, vrumpt... Eu ouço uma torcida imaginária gritando: Vai... vai... vai... Vaaai féladaputa! E foi! Escapei por enquanto! Com o coração na mão, meu furico meu Deus... quase caguei… juro! Tomanocu! Devagar, já calmo e tranquilo (a mais pura mentira!) olho pelo interior do avião. Percebo um monte de gente com o cu travado, sabe aquela cara amarela de quem foi que peidou. O suor desce pelo meu rosto… tento disfarçar lendo a tal revista de bordo… quem é o editor dessa porcaria? Só pode ser uma bicha velha… quanta merda cabe nessa revista de avião? Só fala da vida de gente famosa (Fodam-se ao quadrado!), lugares caros para viajar (jamais irei, jamais! Não é questão de honra, é falta de dinheiro mesmo) e receitas de culinária com igredientes que só deve ter em Jupter (Páprica picante doce?? Fala a minha língua porra!). O motorista/piloto aprumou o bichão no ar… eita! Tombou pro lado e virou o focinho pro destino… agora é só esperar para não ter turbulência… mas sempre tem essa tremedeira dos infernos no caminho… Respiro fundo. Chego assobiar pelas narinas… Então a chefona da tripulação fala: Está autorizado o uso de laptops, celulares somente no modo avião (Ué! Não era para desligar essa porcaria? Povo doido da cabeça! Essa muié tá zuretinha!) O sinal de travar o cinto já desligou… não sei pra quê o sinal do cigarrinho… quem é o doido de fumar dentro nessa joça? Agora é aguardar o lanchinho e a cervejinha que é oferecida aos passageiros! Observo a tripulação de bordo mais de perto (Comissário é tudo viado… tenho certeza!) Finalmente vem a carrocinha com o tal lanchinho… sempre é o biscoitinho do mais barato e vagabundo com gosto meio amargo (Não é amargo porque é chique não, é porque tá meio velho e estragado mesmo), amendoim??? (Eu virei elefante por um acaso pra comer essa merda de amendoin, oh caralho? Ou tá me chamando de brocha?), refrigerante quente com gelo feito de água da bica… mas eu só peço cerveja! Uma que tem o nome esquisito da moléstia, eu só falo: “Vai ni kem”! Peço outra cerveja e a dona fala para aguardar, se sobrar tem mais… Ô miséria da peste! Negar cervejinha para um pobre ser vivente é até pecado, eu acho! A bosta do gordo do meu lado pediu suco de laranja, na hora de colocar na mesinha, se atrapalhou todo e caiu tudo no meu colo! Ele me pediu desculpas, mas eu falei pra ele: agora parece que eu estou todo mijado seu filho duma égua! De repente, começa a apitar o sinal no teto de apertar o cinto… Tem aviso que vai ter turbulência… lascou! Olha o meu furico que nem um maluco de novo! E o bichão começa a tremer que nem mal de Parkinson… sossega diabo! O gordão do meu lado segurou minha mão! Sai fora boiola sebosa! O diacho do avião sacode tanto, que eu acho que tudo que estava no meu estômago virou milk shake! Dei até um arroto choco! Passou! Ufa… é… não deu… peidei fedido e olho para o gordo com cara feia… melhor culpar esse idiota mesmo… ele tapou o nariz e começou a correr lágrimas nos olhos dele... eu viro a cara pra janela e disfarço uma risadinha malígna (Ele se fudeu!!! Hahahaha). Minhas pernas já estão latejando nesse aperto todo, acho que vou ter uma gangrena… minha coluna tá doendo pra cacete… peço licença para o gordo pois quero ir no banheiro para dar um mijão, quando saio quase esfrego o meu pau na cara da baleia gorda (Toma seu fresco mama aqui no papai! Hahaha) Ele me olhou rindo e apontando para o meu assento e para a minha bunda... Caralho! Esqueci as balas de chocolate debaixo das pernas e foi tudo parar na bunda e com o calor derreteram, virou uma meleca escura e agora parece que estou todo cagado! Saio correndo para o banheiro com todo mundo me olhando, eu até ouvi umas gargalhadas de uns capetas! Chego no banheiro do avião que é um lugarzinho apertado da porra… Se eu pego uma comissária dessas aqui dentro eu faço miséria! A bicha enrustida de novo fala: Tripulação preparar para pouso! Mas já?? Vai começar tudo de novo! Deus é mais! Deu nem tempo de limpar a meleca das balas na bunda! Volto correndo para o assento, quase pulo o gordo, jogo a revista na meleca do assento e me sento. Olho pela janelinha, vou checando a altura… até sentir o “trem de pouso” (foi um mineiro que inventou essa porra?) dar uma esculachada no chão da pista… O avião sai quicando e cantando pneu. Eu grito: Comprou a carteira seu comandante féladaputa? Vou te entregar para o Detran, hahaha! Em seguida vai diminuindo a velocidade e encostando! Chegamos! graças à Nossa Senhora da Aterrisagem ninguém fez merda! Falando nisso, estou me sentindo em trabalho de parto, tô segurando para chegar logo no banheiro do aeroporto! E eu vou demorar lá… e muito! Que merda de viagem!

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